Impostora, R. F. Kuang

Sinopse:

“Esta é uma grande história. Só que não era dela para contar. Athena Liu é adorada no mundo literário e June Hayward é literalmente ninguém.

Mentiras inocentes.

Quando Athena morre num estranho acidente, June rouba o seu manuscrito não publicado e publica-o como se fosse seu sob o nome ambíguo de Juniper Song.

Humor negro.

Mas à medida que as provas ameaçam o seu sucesso roubado, June descobre até onde está disposta a ir para proteger o seu vergonhoso segredo e manter o sucesso que acredita merecer.Consequências fatais.O que acontece de seguida é inteiramente culpa de toda a gente.”

Opinião:

Iniciei esta leitura o ano passado e estava tão ansiosa! A premissa tinha tudo o que eu queria numa leitura. E, claro, a hype era grande.

Talvez o facto de ter as expectativas altas e achar que o enredo iria seguir outro caminho – ou pelo menos assim o esperava – pode também ter influenciado a minha opinião.

Custou-me um pouco entrar na história, senti que o enredo tinha alguma descrição que para mim era dispensável. O que tornou a minha leitura mais demorada. A meio do livro comecei a ganhar algum entusiasmo e curiosidade pelo plot.

No entanto, não enveredou pelo caminho que achava que iria seguir e achei o fim um pouco rápido e simples. Teria gostado de algo mais complexo. De um plot twist que me fizesse 🤯.

Não deixa de ser um livro interessante e uma sátira bastante inteligente à sociedade, com incidência em questões de foro psicológico. Percebe-se que R.F. Kuang utilizou a narrativa para abordar temas como a cultura de cancelamento, apropriação cultural, bullying, traumas, doenças mentais, solidão, plágio, entre outros.

O que só por si… faz valer a pena a leitura e a reflexão.

Também considerei interessante perceber a jornada de June durante o livro, o “evoluir” do seu estado mental. Que a culpa, o passado e alguns traumas pudessem estar a contribuir para algum declínio da personagem.

No geral, para mim, não foi um livro wow, mas percebo a escolha da autora e a inteligência com que foi escrito. Afinal é uma sátira bem conseguida.

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